01) QUANTOS QUILOS VOU
EMAGRECER COM A DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL?
R: Sendo uma cirurgia
que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente
haverá uma redução no peso corporal, que
varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não
são, entretanto, os "quilos" retirados que definirão
o resultado estético, mas sim as proporções
que o abdome mantenha com o restante do tronco e os membros. Paradoxalmente,
os abdomes que apresentam melhores resultados estéticos
são justamente aqueles em que se fazem as menores retiradas.
Assim é que a maioria das mulheres apresentam certa "flacidez"
do abdome após 1 ou vários partos, com predominância
de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região.
Estes casos nos permitem excelentes resultados. Em outros casos,
em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado
também será compensatório e proporcional
ao restante do corpo; entretanto, vale a pena lembrar que "excesso
de gordura" em outras regiões vizinhas do abdome ainda
existirão, o que nos leva a aconselhar àquelas que
assim se apresentem a prosseguir com um tratamento clínico
de emagrecimento ou fisioterapia, para equilibrar as diversas
partes entre si.
A abdominoplastia clássica prevê em sua técnica
a plicatura (amarria) da musculatura reto- abdominal em sua região
mediana, para reforçar a parede abdominal, que pode se
apresentar com diástase (separação) ou fraqueza
dessa musculatura. Essa fraqueza da parede abdominal, traduzida
pela diástase dos músculos reto-abdominais, pode
ser ocasionada por uma ou várias gestações,
ou por obesidade.Um reforço com plicatura também
é realizado na região lateral do abdome nos músculos
oblíquos externos.
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02) A CIRURGIA DO ABDOME DEIXA CICATRIZ
MUITO VISÍVEL?
R: A cicatriz resultante
de uma dermolipecitomia localiza-se horizontalmente logo acima
da implantação dos pelos pubianos, prolongando-se
lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do
volume do abdome a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada
para ficar escondida sob as roupas de banho (há casos,
mesmo em que a própria "tanga" poderá
ser usada; porém raramente deve contar-se com essa possibilidade).
A condição mais freqüente é uma cicatriz
que se extende de uma crista ilíaca (osso palpável
da bacia) à outra, com uma variação de inclinação
que até certo ponto pode ser combinada previamente à
cirurgia. Algumas vezes esta cicatriz poderá se estender
mais ainda no sentido lateral. Em raros casos, poderá haver
também uma pequena cicatriz vertical na linha mediana,
como conseqüência da necessidade de acomodação
do retalho dermo-gorduroso do abdome. Você deve refletir
que a cirurgia do abdome deve ser considerada como uma troca:
uma cicatriz que se estende de uma crista ilíaca à
outra, aproximadamente, por um contorno corporal mais definido
e refinado e, por uma diminuição real (que podemos
pesar) do excesso dermo-gorduroso do abdome.
Infalivelmente, a cicatriz passará por vários períodos
de evolução, como se segue:
a) - PERÍODO IMEDIATO: Vai até
o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível.
Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos
ou ao curativo. É comum a presença de pequenas crostas
ou placas amareladas, que são fibrina coagulada.
b) - PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º
dia até o 12º mês. Neste período haverá
espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade
de sua cor, passando de "vermelho" para o "marrom",
que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável
da evolução cicatricial, é o que mais preocupa
as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural
da cicatrização, recomendamos às pacientes
que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará
de diminuir os vestígios cicatriciais.
c) - PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao
18º mês. Neste período, a cicatriz começa
a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o
seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado
definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após
este período.
03) EM QUANTO TEMPO ATINGIREI O RESULTADO
DEFINITIVO?
R: Na resposta anterior
fizemos algumas ponderações sobre a evolução
da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações
sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência,
sensibilidade, volume, etc.
Nos primeiros meses, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa,
além de estar sujeito a períodos de "inchaço",
que regride espontaneamente.
Nesta fase, poderá ficar com aspecto de "esticado"
ou "plano". Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado
os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente
atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como
definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses de pós-operatório.
Sempre que existe uma solução de continuidade na
pele ou outros tecidos, a natureza responde com o processo cicatricial.
Portanto você deve considerar como uma relação
de troca: a abdominoplastia por uma cicatriz. Nós teremos
todo empenho com técnica cirúrgica e utilização
de fios de sutura adequados para minimizar ao máximo a
reação tecidual, e assim possibilitar uma cicatrização
com evolução normal. È importante esclarecer
que, na realidade, uma boa cicatrização depende
mais dos fatores intrínsecos dos pacientes, do que propriamente
a técnica cirúrgica empregada.
Um mesmo paciente apresenta diferentes reações cicatriciais
nas suas diferentes partes do corpo; quanto mais fina for a pele
de uma região, melhor o aspecto cicatricial evolutivo;
quanto mais grossa, pior o aspecto estético da cicatriz.
Assim é que, é muito raro detectarmos cicatrizes
hipertóficas nas pálpebras ou região retro-auricular,
onde a pele é fina; é comum cicatrizes alargadas
e mais visíveis onde a pele é grossa, como na região
dorsal.
04) OUVI DIZER QUE ALGUMAS PACIENTES
FICAM COM CICATRIZES MUITO VISÍVEIS. POR QUE ISSO ACONTECE?
R: Certas pacientes
apresentam tendência à cicatrização
hipertófica ou ao quelóide. Esta tendência,
entretanto, poderá ser prevista, até certo ponto,
durante a consulta inicial, quando lhe fazemos uma série
de perguntas sobre sua vida clínica progressa, bem como
características familiares, que muito ajudam quanto ao
prognóstico das cicatrizes. Geralmente, pessoas de pele
clara tendem menos a esta complicação cicatricial;
pessoas de pele morena ou orientais têm maior predisposição
ao quelóide ou à cicatriz hipertrófica. Isto
entretanto, não é uma regra absoluta. A análise
dos antecedentes, como já o dissemos, nos facilitará
o prognóstico cicatricial. Não existe na Medicina
atual nenhuma forma (exames laboratoriais, provas clínicas,
exames propedêuticos, etc) de se prever o comportamento
cicatricial de um determinado paciente, devendo o paciente entender
que a melhor conduta é o seguimento diligente pós-operatório
com seu cirurgião.
05) EXISTE CORREÇÃO PARA
CICATRIZES HIPERTRÓFlCAS?
R: Vários
recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar
cicatrizes inestéticas, na época adequada (pelo
menos 6 meses devem se passar antes de se optar por nova cirurgia
de correção de cicatrizes) . Não se deve
confundir, entretanto, com as características do período
mediato da cicatrização. Qualquer dúvida
a respeito da sua evolução cicatricial deverá
ser esclarecida conosco e nunca com terceiros que, como você,
"também estão apreensivos quanto ao resultado
final". Basicamente existe a necessidade de uma plástica
na cicatriz, geralmente com anestesia local, com sua ressecção
e nova síntese(sutura). Terapêuticas complementares
podem ser utilizadas como a infiltração de corticoides
locais, beta-terapia, compressão local com placas de silicone,
fitas adesivas de corticoide etc. Nós estaremos com você
empenhados neste seguimento pós- operatório!
06) É VERDADE QUE SERÁ
FEITO UM UMBIGO NOVO?
R: Não. O
seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário,
remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo existirá
uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução
da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de
ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução
poderá não ser aquela que se deseja, dando como
resultado um aspecto "artificial". Isto acontece em
decorrência da anomalia na evolução cicatricial
de certas pacientes, o que, entretanto, é passível
de correção, mediante "retoque" sob anestesia
local, após alguns meses.
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07) A DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL CORRIGE
AQUELE EXCESSO DE GORDURA SOBRE A REGIÃO DO ESTÔMAGO?
R: Nem sempre. Isto
depende do seu tipo de tronco (conjunto tórax + abdome).
Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido.
Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável.
Também tem grande importância, sob este aspecto,
a espessura do panículo adiposo (espessura da gordura)
que reveste o corpo. Esse aspecto deve ser levado à sério
pois o objetivo da cirurgia não alcança a diminuição
da espessura da gordura do abdome. Por vezes, o paciente tem que
emagrecer (se possível em associação ao retorno
das atividades físicas esportivas e aeróbicas) ou
submeter-se posteriormente (após o 6º mês pós-operatório)
`a uma lipoaspiração complementar no abdome (que
não faz parte da abdominoplastia clássica, pois
é impossível tecnicamente realizá-la no mesmo
ato cirúrgico). Para um maior refinamento da cirurgia,
no ato operatório da abdominoplastia, é realizada
uma lipoaspiração na região dos flancos (porção
lateral do abdome, "cintura") que complementa a modelagem
do contorno corporal.
08) QUAL O TIPO DE MAILLOT DE BANHO QUE
PODEREI USAR, APÓS A CIRURGIA?
R: O tipo de maillot
dependerá exclusivamente de seu próprio manequim.
É claro que os decotes inferiores mais "generosos"
ficarão por conta dos casos em que os resultados sejam
mais naturais. Lembre-se que o bisturi do cirurgião apenas
aprimora suas próprias formas, que poderão ser melhoradas
ainda mais, com cuidados de uma esteticista / fisioterapeuta e
atividade esportiva após o 1º mês pós-operatório.
09) PODEREI TER FILHOS FUTURAMENTE? O
RESULTADO NÃO FICARÁ PREJUDICADO?
R: O seu médico
ginecologista lhe dirá da conveniência ou não
de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado,
desde que na nova gestação seu peso seja controlado
por aquele especialista. Aconselhamos entretanto, que tenha todos
os filhos programados antes de se submeter a uma dermolipectomia
abdominal.
10) OUVI DIZER QUE O PÓS-OPERATÓRIO
DA DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL É MUITO DOLOROSO. É
VERDADE?
R: Não. Uma
dermolipectomia de evolução normal não deve
apresentar dor muito intensa. Dor é, além de tudo,
um fenômeno individual, que está muito associado
ao estado de ânimo do paciente. Geralmente analgesia comum
e repouso por 48hs são suficientes. Se apresentar muita
dor, comunique-se com a equipe médica. Nós estaremos
integralmente à sua disposição. Raramente
temos que ampliar o esquema de analgesia de rotina.
11) HÁ PERIGO NESTA OPERAÇÃO?
R: Raramente a cirurgia
de dermolipectomia traz sérias complicações,
desde que realizada dentro de critérios técnicos.
Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente
para o ato operatório, além de ponderarmos sobre
a conveniência de associação desta cirurgia
simultaneamente a outras. O perigo não é maior nem
menor que uma viagem de avião ou de automóvel, ou
mesmo o simples atravessar de uma rua.
12) QUE TIPO DE ANESTESIA É UTILIZADA
PARA ESTA OPERAÇÃO?
R: Anestesia geral.
Poderá, em casos especiais, ser utilizada a peridural ou
similar. Atualmente emprega-se até mesmo a anestesia local
sob sedação, em casos muito especiais.
13) QUANTO TEMPO DURA O ATO CIRÚRGICO?
R: Em média
120 minutos.
14) QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?
R: De 01 a 02 dias
(evolução normal).
15) SÃO UTILIZADOS CURATIVOS?
R: Sim. Curativos
elásticos especiais, trocados a cada 7 dias (os 4. primeiros
curativos). Posteriormente, apenas curativos periódicos.
16) QUANDO SÃO RETIRADOS OS PONTOS?
R: Os pontos em
sua maioria são internos e absorvíveis. Os pontos
da região umbilical são retirados por volta do 7º
dia pós-operatório.
17) QUANDO PODEREI TOMAR BANHO COMPLETO?
R: Geralmente após
5 a 7 dias.
18) QUAL A EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRlA?
R: Você não
deve esquecer-se que, até consiguir atingir o resultado
almejado, diversas fases são características deste
tipo de cirurgia. Assim é que, no item 2, esclarecemos
sobre a evolução cicatricial (até o 18º
mês). No item 3 respondemos sobre a evolução
da forma do abdome, bem como a sensibilidade, consistência,
etc. Entretanto, poderá lhe ocorrer alguma preocupação
no sentido de "desejar atingir o resultado final antes do
tempo previsto". Seja paciente pois seu organismo se encarregará
de dissipar todos os pequenos transtornos intermediários
que, infalivelmente chamarão a atenção de
alguma de suas amigas que não se furtará à
observação: "//SERÁ QUE ISTO VAI DESAPARECER
MESMO?//"- É evidente que toda e qualquer preocupação
de sua parte deverá ser a nós transmitida. Daremos
os esclarecimentos necessários, para sua tranqüilidade.
Em tempo: Em algumas pacientes, ocorre uma certa ansiedade nesta
fase, decorrente do aspecto transitório (edema, insensibilidade,
transição cicatricial, etc.). Isto é passageiro
e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final
o quanto antes. Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do
abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos
12 aos 18 meses. Em caso de pacientes muito obesas, poderá
ocorrer, após o 8o. dia, a "eliminação
de razoável quantidade de líquido amarelado"
por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno é
chamado de "lipólise" e nada mais é do
que a liquefação da gordura residual próxima
à área da cicatriz que está sendo eliminada,
sem que isso venha a se constituir como complicação.
Temos recursos para evitar que esse vazamento venha a lhe ocorrer
em situações inoportunas.
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